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A mostrar mensagens de novembro, 2015

Investigação do papel dos microARNs na ataxia espinocerebelosa tipo 3

Sumário A ataxia espinocerebelosa tipo 3 (SCA3) é um distúrbio neurodegenerativo hereditário, pertencente ao grupo de distúrbios de repetição poliglutamínicos. É causada pelas expansões da repetição CAG no gene ATXN3, levando à expansão das repetições poliglutamínicas na proteína ATXN3. A proteína ATXN3 expandida forma inclusões intranucleares em células neuronais, levando por fim à morte neuronal. Os microARNs são ARNs não codificados, pequenos e produzidos endogenamente, que desempenham um papel na regulação pós-transcricional da expressão genética. A regulação mediada pelo microARN da expressão genética está associada com vários processos, tais como o desenvolvimento de organismos, manutenção da homeostase, assim como várias doenças humanas, como o cancro e doenças neurodegenerativas. O estudo presente demonstra a capacidade de microARNs específicos visarem a expressão das proteínas ATXN3, MID1 e DNAJB1, que desempenham papéis importantes nos mecanismos patogénicos da SCA3. De

Ataxia - causas, sintomas e diagnóstico

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Patomecanismos e causas da ataxia: incoordenação que se traduz na deterioração da execução suave e precisa dos movimentos causados ​​por processos patológicos, levando à derrota do cerebelo (ataxia cerebelosa) ou vias aferentes, levando a uma profunda sensibilidade ao nível dos nervos periféricos ou colunas da medula espinhal (ataxia sensorial). Causas da ataxia cerebelosa: tóxicas (álcool, drogas, medicamentos), vascular (acidente vascular cerebral), infeciosas e pós-infeciosas (infeção viral do cerebelo, panencefalite esclerosante subaguda, infeção pelo HIV), inflamação (esclerose múltipla), tumor (metástases, tumor primário, síndrome paraneoplásico), deficiência de nutrientes (hipovitaminose E, deficiências de vitamina B1 [como a encefalopatia de Wernicke], doença celíaca), endócrina (hipotireoidismo), neurodegeneração (forma cerebelosa de atrofia de múltiplos sistemas, doença de Wilson-Konovalov, cerebrospinal–ataxia cerebelosa), estrutural (malformação de Arnold-Chiari, mal

Retrotope anuncia abertura do segundo local de ensaios clínicos para a inscrição no ensaio clínico para a ataxia de Friedreich

A Retrotope anuncia a abertura do segundo local de ensaios clínicos, a Rede Colaborativa Neurociência, LLC. ("SNC") em Long Beach, Califórnia (EUA), para o estudo de 28 dias, em humanos, de dose ascendente doseada oralmente de RT001 para avaliar a segurança, tolerabilidade, farmacocinética (PK), estado de doença, e finalidades exploratórias em pacientes com ataxia de Friedreich (AF). O Dr. Robert Molinari, CEO da Retrotope, comentou: "A Retrotope está animada por ter o segundo local de ensaios clínicos aberto e participar no estudo em curso sobre a AF. Este segundo centro está localizado no sul da Califórnia e está a trabalhar em estreita colaboração com a Universidade do Sul da Flórida (USF - EUA) e a FARA (Friedreich’s Ataxia Research Alliance – Aliança para a Investigação na Ataxia de Friedreich), como parte da equipa de estudo global a trabalhar para desenvolver um tratamento para esta doença devastadora". O protocolo RT001-002 é um estudo de dois centros

Exercício protege contra as doenças neurodegenerativas em ratos

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O exercício aumenta os níveis de uma enzima protetora do cérebro em ratos, de acordo com um novo estudo da Universidade Johns Hopkins (MD, EUA). Esta descoberta pode ter implicações para as pessoas com uma variedade de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, Parkinson, Huntington, e epilepsia. Os investigadores descobriram que uma enzima localizada na mitocôndria chamada SIRT3 pode proteger o cérebro dos ratos contra a perda de energia. "Os ratos, nos quais o gene que codifica a proteína SIRT3 foi tornado disfuncional, foram avaliados para determinar como os neurónios no cérebro respondem aos diversos tipos de stress em modelos experimentais relevantes para a epilepsia e doença de Huntington," disse o Dr. Mark Mattson, do Programa de Investigação do Instituto Nacional sobre Envelhecimento e Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins. Durante o estudo, descobriram que os ratos que não produzem a enzima SIRT3 foram altamente sensíveis ao stress quando e

Novo projeto: preencher as lacunas da assistência social nas doenças raras

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A EURORDIS será a voz das pessoas com doenças raras em toda a Europa no novo projeto  INNOVCare . O projeto INNOVCare (Innovative Patient-Centred Approach for Social Care Provision to Complex Conditions [Abordagem Inovadora e Centrada nos Doentes para Prestação de Assistência Social a Pessoas com Doenças Complexas]) responde aos desafios sociais enfrentados pelas pessoas com doenças raras e às falhas na coordenação entre os serviços médicos, sociais e de apoio nos Estados-membros da UE. Este novo projeto, financiado pela União Europeia, desenvolverá e a testará um modelo de assistência holístico e personalizado com o objetivo de reforçar as parcerias entre os prestadores de cuidados – organizações públicas, privadas e da sociedade civil. Este modelo inovador de assistência envolve a conexão dos serviços de saúde aos servidos sociais e de assistência que as pessoas com doenças raras e as suas famílias usam diariamente (escola, transportes, serviços de lazer, etc.), assegurando

Estudo sobre a ataxia de Friedreich (AF) visa a via TORC1 como possível terapia

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A rapamicina reduz a sinalização genética e protege as células nervosas no modelo da mosca da fruta da AF Resultados de investigações recentes indicam que a segmentação da via TORC1 poderia um dia ser um tratamento para a ataxia de Friedreich (AF). O trabalho, intitulado "Inibição da TORC1 pela rapamicina promove defesas antioxidantes no modelo Drosophila da Ataxia de Friedreich", foi publicado no jornal online PLoS ONE. A AF é uma doença rara do sistema nervoso que envolve a morte neuronal. É causada por defeitos hereditários no gene da frataxina, transmitido por ambos os progenitores. Quando a proteína codificada por este gene está esgotada, resulta em danos do sistema nervoso, que conduz tipicamente a uma perda de coordenação, visão diminuída, e fadiga. A doença, de acordo com a FARA (Friedreich’s Ataxia Research Alliance – Aliança de Investigação sobre a Ataxia de Friedrich), afeta cerca de uma em cada 50.000 pessoas nos EUA e é associada com condições m

Mais RareConnect

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No seguimento da n/ publicação de 11/11/2015, mais uma vez lembramos que já está disponível, em português, a comunidade online de doentes raros, RareConnect, em http://www.rareconnect.org/pt . Infelizmente, não é possível a criação de um só grupo referente às ataxias hereditárias, devido ao elevado n.º de ataxias existentes. Assim, solicitamos a todos os n/ amigos que se registrem na RareConnect ( http://www.rareconnect.org/pt/register ) e peçam a criação do grupo referente ao tipo específico de ataxia que vos afeta ( http://www.rareconnect.org/pt/topics/ ). Só assim nos vai ser possível usufruir de toda a experiência RareConnect.

Ataxia cerebelosa, neuropatia e síndrome de arreflexia vestibular: uma doença lentamente progressiva com apresentação estereotipada

Cazzato D, Bella ED, Dacci P, Mariotti C, Lauria G Resumo A ataxia cerebelosa, neuropatia e síndrome de arreflexia vestibular (CANVAS) é uma doença recém-descrita com início na idade adulta, caracterizada pelo comprometimento progressivo do equilíbrio e perturbações sensoriais nos membros inferiores, que podem afetar gravemente a qualidade de vida dos pacientes. A sua patogénese permanece obscura e o diagnóstico desafiante. Descrevemos quatro pacientes com queixas de desequilíbrio lentamente progressivo seguido de distúrbios sensoriais nos pés, após um período que varia de 2 a 6 anos, por disfunção cerebelosa. Todos os pacientes mostraram marcha e membros atáxicos, sinal positivo de Romberg, disartria cerebelosa, nistagmo, ausência de reflexos profundos, e sensação vibratória prejudicada. Estudos de condução nervosa revelaram neuropatia sensorial axonal, ressonância magnética cerebral mostrou atrofia cerebelosa, e investigação otoneurológica demonstrou arreflexia vestibular bil

Tratamento para as dificuldades de deglutição na ataxia hereditária

Vogel AP, Keage MJ, Johansson K, Schalling E Pergunta de revisão Revimos as evidências para a gestão das dificuldades de deglutição (disfagia) em pessoas com uma das muitas ataxias hereditárias. Antecedentes As ataxias hereditárias são um grupo variado de doenças que afetam principalmente a capacidade de uma pessoa para coordenar os movimentos. Os sintomas pioram com o tempo. As ataxias hereditárias também podem afetar a visão, fala, pensamento, e deglutição. Apesar dos problemas de deglutição serem comuns em ataxia, não sabemos o suficiente sobre a sua natureza e gravidade. A perda da capacidade de deglutir eficaz e seguramente pode afetar drasticamente a saúde e o bem-estar. Melhorar as dificuldades em comer e beber é uma meta importante no cuidado clínico das pessoas com ataxia hereditária. Queríamos descobrir se quaisquer tratamentos para a disfagia beneficiam as pessoas com ataxias hereditárias. As pessoas com problemas de deglutição podem experimentar desnutrição

Estudo sobre a ataxia de Friedreich identifica 6 novos compostos com potencial terapêutico

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Cientistas avaliaram modelos de levedura e mosca da fruta para a deficiência da fraxatina Uma equipa de investigadores identificaram seis novos compostos, altamente específicos, que mantêm a promessa de trazer "novas perspetivas" para o tratamento da ataxia de Friedreich (AF). A investigação, intitulada “Uma avaliação da levedura/Drosophila (mosca da fruta) para identificar novos compostos para ultrapassar a deficiência de frataxina” , foi publicado em Medicina oxidativa e longevidade celular. A AF é uma doença neuromuscular caracterizada pela neurodegeneração progressiva dos nervos e dos músculos do sistema nervoso e do coração, e é causada por mutações no gene FXN que levam a uma diminuição da transcrição do locus do gene e, por conseguinte, baixos níveis de frataxina, uma proteína importante para a defesa anti-oxidativa pelas células. A frataxina é altamente conservada entre espécies diferentes, tais como leveduras, invertebrados e mamíferos, tornando-os ideais

RareConnect em português: já disponível

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Já está disponível, em português, a comunidade online de doentes raros, RareConnect, em http://www.rareconnect.org/pt . Infelizmente, ainda não está criado o grupo dedicado às ataxias hereditárias. Assim, solicitamos a todos os n/ amigos que se registrem na RareConnect ( http://www.rareconnect.org/pt/register ) e peçam a criação do grupo ‘Ataxias hereditárias’ ( http://www.rareconnect.org/pt/topics/ ), pois só assim nos vai ser possível usufruir de toda a experiência RareConnect.

Novo estudo investiga proteínas implicadas em doenças neurodegenerativas

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Investigadores de Dartmouth descobriram que algumas proteínas transformam-se em gotículas líquidas a caminho de se tornarem sólidos tóxicos implicados em doenças neurodegenerativas e outras doenças genéticas Investigadores da Universidade de Dartmouth (NH, EUA) descobriram que algumas proteínas transformar-se em gotículas líquidas a caminho de se tornarem sólidos tóxicos implicados em doenças neurodegenerativas e outras doenças genéticas. Os resultados, juntamente com uma série de estudos relacionados da autoria de cientistas de outras instituições, aparecem na revista Molecular Cell . Os investigadores de Dartmouth estudaram proteínas que têm uma expansão massiva dum único aminoácido, glutamina, tipicamente associada com as proteínas sólidas tóxicas. Por exemplo, as proteínas ligadas às neurodegenerativas, tais como aqueles da doença de Huntington, têm estes aminoácidos, o que torna a proteína pegajosa. Os investigadores descobriram que as estas proteínas passam por um

Distonia na doença de Machado-joseph: perfil clinico terapia e base anatomica

Investigadores da UAB (EUA) procuram biomarcadores da ataxia de Friedreich

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Jill Butler e Marek Napierala Investigadores da Universidade de Alabama em Birmingham (EUA) receberam financiamento para procurar e validar biomarcadores da doença hereditária e progressiva, ataxia de Friedreich, uma doença neuromuscular degenerativa que reduz a esperança de vida. "Há uma grande procura de biomarcadores por causa de ensaios clínicos em curso com pacientes de ataxia de Friedreich", disse Marek Napierala, Ph.D., professor assistente no Departamento de Bioquímica e Genética Molecular da UAB, Instituto de Células Estaminais da UAB. "Nós precisamos de melhores medições da progressão da doença e da resposta terapêutica." Napierala e Jill Butler, Ph.D., professora de Bioquímica e Genética Molecular, são co-investigadores nesta doação bienal de 140.000 dólares por ano, que é financiada pelas organizações sem fins lucrativos, FARA (EUA) e FARA Irlanda. Um biomarcador, ou marcador biológico, é uma maneira objetiva de medir um estado biológic

Fundação MJD (Machado-Joseph Disease – Doença de Machado-Joseph), Austrália, ganha de volta doação de 10 milhões de dólares, em caso que constitui um marco, contra Nigel Scullion, ministro australiano dos Assuntos Indígenas

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Uma pequena organização de apoio aos que sofrem de uma doença hereditária O número de pessoa com a doença rara DMJ está a crescer entre as comunidades aborígenes e os casos assinalados quase que triplicaram desde 2008. incurável ganhou um caso que constitui um marco contra o ministro federal dos Assuntos Indígenas. A Fundação MJD contestou a decisão do senador Nigel Scullion para derrubar uma doação de 10 milhões de dólares à organização para ajudar doentes e as suas famílias. A fundação disse que a doação tinha sido inicialmente aprovada para permitir à fundação expandir os seus serviços aos pacientes além de Groote Eylandt, no Golfo de Carpentaria (Austrália), onde a doença foi diagnosticada pela primeira vez em 1995. O dinheiro foi concedido a partir da Conta para Benefício dos Aborígenes (ABA) e aprovado pela ex-ministra dos Assuntos Indígenas, Jenny Macklin. O Tribunal Federal de Sydney (Austrália) decretou que o ministro não tinha o poder de anular essa deci

Ensaio de Riluzole para a ataxia cerebelosa hereditária traz esperança

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As opções de tratamento para a maioria das ataxias hereditárias são muito escassas. Desde 2014, fármacos com perfis de segurança conhecidos foram testados no tratamento de ataxias hereditárias, tais como a ataxia de Friedreich e ataxia espinocerebelosa. Um estudo piloto em pacientes com ataxias cerebelosas de diferentes causas mostrou benefícios significativos com o tratamento de riluzole, um medicamento em uso para retardar a progressão da esclerose lateral amiotrófica, após 8 semanas. Um seguimento deste estudo intitulado "Riluzole em pacientes com ataxia cerebelosa hereditária: um ensaio duplo-cego, randomizado, controlado por placebo" , publicado na revista The Lancet Neurology , apoia a ideia de que o riluzole pode ser um tratamento eficaz para os pacientes com ataxia cerebelosa. As ataxias espinocerebelosas e a ataxia de Friedreich são doenças genéticas incapacitantes que afetam os jovens e caracterizada por distúrbios na marcha e posturais progressivos. Não há

Tornar a investigação clínica mais centrada nos doentes

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A recente Oficina da  Mesa Redonda Empresarial  da EURORDIS reuniu mais de 100 participantes para refletir sobre como tornar a investigação clínica mais centrada nos doentes através dos resultados reportados pelos doentes e de medidas de avaliação dos resultados centrados nos doentes. Tornar os ensaios clínicos mais centrados nos doentes significa que são concebidos para serem tão relevantes quanto possível para os doentes e, por conseguinte, os mais eficazes a produzir dados que comprovem que a terapêutica irá melhorar vidas. ​O que são medidas de avaliação dos resultados centrados nos doentes? Para determinar a segurança e eficácia de um medicamento, os resultados dos ensaios clínicos têm de refletir «medidas de avaliação dos resultados» relevantes, também designadas por «parâmetros de avaliação» ou «endpoints». Os ensaios clínicos nem sempre medem resultados que os doentes consideram importantes ou relevantes, o que pode resultar em medicamentos que não refletem comple