Investigação do papel dos microARNs na ataxia espinocerebelosa tipo 3

Sumário
A ataxia espinocerebelosa tipo 3 (SCA3) é um distúrbio neurodegenerativo hereditário, pertencente ao grupo de distúrbios de repetição poliglutamínicos. É causada pelas expansões da repetição CAG no gene ATXN3, levando à expansão das repetições poliglutamínicas na proteína ATXN3. A proteína ATXN3 expandida forma inclusões intranucleares em células neuronais, levando por fim à morte neuronal. Os microARNs são ARNs não codificados, pequenos e produzidos endogenamente, que desempenham um papel na regulação pós-transcricional da expressão genética. A regulação mediada pelo microARN da expressão genética está associada com vários processos, tais como o desenvolvimento de organismos, manutenção da homeostase, assim como várias doenças humanas, como o cancro e doenças neurodegenerativas.
O estudo presente demonstra a capacidade de microARNs específicos visarem a expressão das proteínas ATXN3, MID1 e DNAJB1, que desempenham papéis importantes nos mecanismos patogénicos da SCA3. Descobriu-se que os microARNs hsa-miR-32 e hsa-miR181c visavam e reduziam a expressão da ATXN3, enquanto que os hsa-miR-216a-5p, hsamiR-374a-5p, hsa-miR-542a-3p visam e reduzem a expressão da MID1. Fazer o perfil genético e da expressão do microARN nos neurónios derivados das iPSC, de pacientes com SCA3, e os controles revelaram que nos neurónios SCA3, os hsa-miR-370 e hsa-miR-543 que visam a expressão da companhia neuroprotetora da DNAJB1 são sobre-reguladas, enquanto que a visada DNAJB1, proteína e mARN, são sub-reguladas. Assim, descobriu-se que o nível mARN da DNAJB1 estava sub-regulado em ratos modelo transgénicos da SCA3, sugerindo que a redução mediada pelo miARN na neuroprotetora DNAJB1 pode contribuir para a patogénese observada na SCA3.
Estes resultados demonstram os dois lados do papel dos microARNs na patogénese da SCA3 através de visar a expressão de proteínas neurotóxicas, como a ATXN3, MID1, bem como proteínas neuroprotetoras, como a DNAJB1. As conclusões deste estudo podem contribuir para estratégias terapêuticas baseadas no miARN, tais como melhorar o visar, do miARN, de proteínas neurotóxicas e evitar o visar, pelo miARN, de proteínas neuroprotetoras.

  

(artigo traduzido)




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