O sequenciamento do exome nas ataxias hereditárias e esporádicas não diagnosticadas
Angela Pyle, Tania Smertenko, David Bargiela, Helen Griffin,
Jennifer Duff, Marie Appleton, Konstantinos Douroudis, Gerald Pfeffer, Mauro
Santibanez-Koref, Gail Eglon, Patrick Yu-Wai-Man, Venkateswaran Ramesh, Rita
Horvath, Patrick Chinnery F.
Resumo
As ataxias hereditárias são clinicamente e geneticamente
heterogéneas e um diagnóstico molecular não é possível na maioria dos
pacientes. Tendo as causas esporádicas, hereditárias e metabólicas comuns sido
excluídas, usámos uma abordagem de sequenciamento do exome completo imparcial
em 35 indivíduos afetados, a partir de 22 famílias selecionadas aleatoriamente
de ascendência europeia branca. Definimos o diagnóstico molecular provável em
14 das 22 famílias (64%). Isto revelou mutações dominantes “de novo”, genes de
doenças validadas previamente descritas em famílias isoladas, e ampliou o
fenótipo clínico de genes de doenças conhecidas. O rendimento do diagnóstico
foi o mesmo, quer em pacientes mais jovens, quer em pacientes com o
aparecimento mais tardio, incluindo casos esporádicos. Demonstrámos o impacto da
sequenciação do exome num grupo de pacientes notoriamente difíceis de
diagnosticar geneticamente. Isto tem implicações importantes para o
aconselhamento genético e prestação de serviços de diagnóstico.
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