Uma codificação AAV9 para a frataxina melhorou claramente os sintomas e prolongou a vida de ratos com ataxia de Friedreich


Catherine Gérard, Xiao Xiao, Mohammed Filali, Zoé Coulombe, Marie Arsenault, Jacques Couet, Juan Li, Marie-Claude Drolet, Pierre Chapdelaine, Amina Chikh & Jacques P Tremblay


Resumo

A ataxia de Friedreich (FRDA) é uma doença genética devido ao aumento de repetições do trinucleotídeos GAA no intron 1 do gene da frataxina. Esta mutação leva a uma redução da expressão da frataxina. Produzimos um vírus adeno-associado (AAV) 9 que codifica a frataxina humana (AAV9-hFXN). Este AAV foi entregue por via injeção intraperitoneal (IP) a jovens ratos condicionalmente K.O. em que o gene da frataxina tinha sido eliminado em alguns tecidos durante o desenvolvimento embrionário ao criá-los com ratos que expressam o gene Cre recombinado sob o músculo quinase creatina (MCK) ou o enolase promotor específico de neurónios (NSE). Na primeira parte do estudo, doses diferentes de vírus foram testadas a partir de 6 × 10 v.p. a 6 × 10 v.p. em ratos NSE-cre e todas levando a um aumento da vida dos ratos. Doses mais elevadas e mais baixas também foram testadas em ratos MCK-cre. Uma única administração do AAV9-hFXN às 6 × 10 v.p. mais do que duplicou a vida destes ratos. De fato, os ratos MCK-cre que foram tratados com o AAV9-hFXN foram sacrificados para futuras investigações moleculares com a idade de 29 semanas, sem sintomas aparentes. A análise ecografia da função cardíaca indicou claramente que a função sistólica cardíaca melhor preservada em ratos que receberam 6 × 10 v.p. de AAV9-hFXN. A proteína humana frataxina foi detetada por ELISA*, no coração, cérebro, músculo, rins e fígado, com a dose mais elevada de vírus em ambos os ratos. Assim, a terapia genética com um AAV9-hFXN é um tratamento potencial para a FRDA.


*ELISA (Enzyme-Linked  Immunosorbent Assay) – É um teste imunoenzimático que permite a deteção de anticorpos específicos (Fonte: Wikipédia).




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