Ataxia espinocerebelosa tipo 15 (SCA15)
Sumário
Características da doença: A ataxia espinocerebelosa tipo 15
(SCA15) é caracterizada por uma ataxia da marcha e membros inferiores
lentamente progressiva, muitas vezes em combinação com disartria atáxica, movimentos
involuntários, tremor postural dos membros superiores, hiperreflexia suave,
nistagmo evocado pelo olhar e ganho de reflexos prejudicados pelo
ocular-vestibular. O aparecimento dá-se entre os 7 e os 72 anos, geralmente com
ataxia da marcha, mas às vezes com tremor. Os indivíduos afetados podem
permanecer a caminhar entre 10 a 54 anos após o aparecimento dos primeiros
sintomas. Foi observada uma suave disfagia, após duas ou mais décadas de
sintomas, em membros de várias famílias afetadas e foi descrita, num membro
duma família afetada, uma oscilopsia induzida pelo movimento.
Diagnóstico/testes: O diagnóstico de SCA15 deve ser
considerado em indivíduos em quem o diagnóstico de SCA5, SCA6, SCA8, SCA11,
SCA12, SCA14 e SCA27 foi excluído através de testes genéticos e moleculares (se
disponíveis) e que preencham os requisitos clínicos para a SCA15.
O ITPR1 é o único gene conhecido que é associado à SCA15.
Ressonâncias magnéticas revelam atrofia do vermis dorsal e rostral do cerebelo
com ligeira atrofia dos hemisférios cerebelares.
Gestão: Tratamento das manifestações: Fisioterapia e terapia
ocupacional; gestão da disfagia neurogénica, se ocorrer.
Prevenção de complicações secundárias: Ajudas técnicas para
caminhar e modificações em casa para ajudar a prevenir quedas;
prevenção/tratamento da osteoporose para ajudar a reduzir o risco de fratura.
Vigilância: Acompanhamento por um neurologista com consultas
de fisiatras, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, a cada dois ou três
anos.
Agentes/circunstâncias a evitar: Adotar um limite reduzido
para a ingestão de álcool, para diminuir o risco de quedas.
Aconselhamento genético: A SCA15 é hereditária de uma forma
autossómica dominante. Se um progenitor de um indivíduo está afetado, cada
irmão desse mesmo indivíduo tem um risco de 50% de também estar igualmente
afetado. Os testes pré-natais para gravidezes potencialmente em risco são
possíveis, através de laboratórios que permitam testes genéticos ou
personalizados.
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