SURDEZ PODE ESTAR LIGADA A DOENÇAS GENÉTICAS
Além de estar relacionados com
doenças infecciosas e pelo envelhecimento natural, a surdez pode ser provocada
por doenças genéticas. Saiba mais sobre isso:
SÍNDROME DE PENDRED
Este transtorno genético é
causado por um defeito na produção hormonal, que é responsável pelo metabolismo
e regulação do crescimento. Nela, ocorre o chamado bócio, crescimento da
glândula de tireoide com a redução na produção hormonal e, posteriormente, a
perda de audição. O problema provoca normalmente uma perda auditiva
neurossensorial profunda e uma deformação de certos ossos no ouvido interno em
85% dos casos. Hereditária, essa síndrome acarreta perda auditiva desde o
nascimento normalmente, mas também pode se desenvolver na infância e raramente
na vida adulta.
Os principais sintomas desta
síndrome são:
Perda de audição neurossensorial
– em muitos casos desde o nascimento
Alterações no ouvido interno e
aumento da tireóide
Problemas de equilíbrio por alterações
da função vestibular
O tratamento é feito
concomitantemente por um otorrino – que cuida da perda auditiva (muitas vezes
com a indicação de aparelhos auditivos) e pelo endocrinologista, que cuida dos
problemas na glândula tireoide.
SINDROME DE BROWN VIALETTO VAN
LAERE
Rara, esta doença neurológica é
caracterizada por uma espécie de paralisia cerebral que está associada à surdez
neurossensorial. Especialistas afirmam que em cem anos apenas 58 casos foram
descritos – por ser autossômica recessiva, pai e o mãe precisam ser portadores
do gene “mutante” para que o filho nasça com essa síndrome.
Para cada três homens afetados
pelo problema, há uma mulher também comprometida. Os principais sintomas, que
podem ser apresentados tanto na infância quanto na 3ª década de vida, são:
Sinais de danos nos nervos
cranianos inferiores e no neurônio motor nos membros inferiores e superiores
Comprometimento da função
respiratória
Fraqueza nos membros e na face,
bem como pescoço e ombros
Atrofia ótica – retinite pigmentosa,
hiperpigmentação macular, disfunção autônoma
Epilepsia
O tratamento com esteróides ou
imunoglobulina intravenosa auxilia na estabilização temporária da síndrome.
Contudo, pode ser necessária a ventilação assistida e a manutenção da nutrição
via gastrotomia.
SÍNDROME DE ALPORT
Esta doença genética é
caracterizada pela perda progressiva da função renal e auditiva. Também pode
afetar a visão.
Ela é causada por mutações nos
genes COL4A3, COL4A4 e COL4A5, responsáveis pela síntese do colágeno. Como as
mutações impedem a formação de alguns tipos de fibras de colágeno, as membranas
basais das células renais não são capazes de filtrar corretamente o sangue,
permitindo que o sangue e proteínas passem para a urina.
Os principais sintomas para o
diagnóstico da doença são:
Histórico familiar de nefrite,
inflamação nos rins
Hematúria persistente, presença
anormal de eritrócitos (glóbulos vermelhos) na urina
Surdez neurossensorial com
desenvolvimento progressivo, não presente na infância e com aparecimento antes
dos 30 anos de idade
Mutação no gene COL4An
Lesões oculares
Progressão gradual para falência
crónica renal
SÍNDROME DE USHER
Nesta síndrome, a perda auditiva
é resultado de uma mutação genética que afeta as células nervosas da cóclea,
órgão do ouvido interno que também é responsável pelo equilíbrio.
Este defeito genético também pode
afetar bastonetes e cones, células fotorreceptoras da retina que são responsáveis
pela conversão da luz em impulsos elétricos que são levados até o cérebro. Leia mais sobre síndrome de Usher
OTOSCLEROSE
Também pode ser chamada de
otospongiose, a otosclerose é uma doença provocada pelo crescimento anormal de
tecido ósseo, impedindo a movimentação do estribo. Uma vez imobilizado, esse
osso não consegue fazer a condução das vibrações sonoras da orelha média para a
orelha interna. Os focos de ossos endurecidos ainda podem se instalar ao redor
da cóclea,comprometendo também a transmissão dos impulsos nervosos para o
cérebro. Saiba mais AQUI
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