Doença Ocular Hereditária
Ataxia
espinocerebelosa, início infantil
Características clínicas
Características oculares
Os problemas oculares surgem
por volta dos 7 anos de idade, quando aparecem vários graus de oftalmoplegia.
Na segunda década, os danos nos nervos óticos são evidentes (atrofia ótica),
levando a uma perda de visão grave.
Características sistémicas
Esta síndrome de esgotamento
do ADN mitocondrial permite um desenvolvimento normal no primeiro ano de vida.
Aos 10-18 meses de idade, a fraqueza muscular e coordenação tornam-se
evidentes. Os reflexos profundos do tendão são diminutos ou ausentes. O défice
muscular é implacavelmente progressivo e na adolescência a maioria dos
pacientes já está em cadeira de rodas. Convulsões generalizadas são comuns. Discinesia
facial e dos membros, de natureza atetóide, são evidentes, num grau variável.
Uma polineuropatia sensorial desenvolve-se em muitos pacientes. A atrofia
cerebelar é evidente em imagens do cérebro.
A perda de audição
neuro-sensorial pode tornar-se evidente mais tarde, no final da primeira década
de vida. A perda de audição é progressiva, conduzindo eventualmente a uma
surdez profunda. Alguns pacientes podem sentir uma perda completa de respostas
calóricas vestibulares.
A maioria dos pacientes chegam
à idade adulta, mas uma forma mais grave desta doença, em que ocorrem danos no
fígado e encefalopatia, limita a esperança de vida até cerca de 5 anos.
Genética
O início infantil desta
forma de atrofia espinocerebelosa resulta de mutações em compostos homozigotas
ou heterozigotas no gene C10ORF2 (10q24), que codifica as proteínas
mitocondriais denominadas Twinkle e Twink. Já que a proteína Twinkle está
envolvida na produção e manutenção do ADN mitocondrial, o seu funcionamento de
forma incorreta leva a quantidades reduzidas de ADN mitocondrial no fígado e
sistema nervoso central, mas não no músculo-esquelético.
As mutações no gene C10ORF2
que afetam a proteína Twinkle, podem ser responsáveis por uma oftalmoplegia
autossómica dominante progressiva, na qual a ptose e cataratas são frequentes,
mas onde o músculo mais extensivo e os défices sensoriais frequentemente
faltam. Este é um dos melhores exemplos dos aparentemente únicos, fenótipos
alélicos resultantes de mutações diferentes no mesmo gene.
Opções de Tratamento
Nenhum tratamento efetivo
foi reportado, mas a fisioterapia, aparelhos auditivos e aparelhos para ajudar
a baixa visão, podem ajudar alguns pacientes.
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