Novas abordagens terapêuticas para a doença de Machado-Joseph: Acompanhamento da auto-montagem de proteínas
Sandra de Macedo Ribeiro, PhD
Instituto de Biologia Molecular e Celular
Porto, Portugal
A ataxia espinocerebelosa tipo 3 (SCA3), também chamada doença de Machado-Joseph, é uma doença neurodegenerativa rara. Atualmente não há terapia disponível para a SCA3. A SCA3 é causada por um trecho expandido de tripletes CAG no gene afetado. A sobre-repetição de CAG faz com que uma proteína chamada ataxina-3 se forme anomalamente - e de uma forma que é tóxica para os neurónios.
Nos últimos 20 anos, os investigadores fizeram progressos impressionantes na compreensão das funções celulares e na formação da ataxina-3, mas até agora não há tratamentos específicos disponíveis para a SCA3. Precisamos entender melhor a estrutura tridimensional da ataxina-3 para determinar completamente a sua função e disfunção no nível molecular. Ao entender mais claramente como a ataxina-3 se torna tóxica, também podemos aprender como desenvolver terapias direcionadas. Propõe-se estudar um número de moléculas sintéticas que podem ligar e remodelar a ataxina-3 numa forma não tóxica. Se pudermos determinar como a ataxina-3 é moldada com precisão atômica, podemos, esperamos, identificar quais moléculas podem servir como a melhor terapia para tratar a disfunção.
(Este estudo foi contemplado com uma bolsa para investigação para 2017, atribuída pela NAF – National Ataxia Foundation, EUA)
(artigo traduzido)
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