Novo sistema experimental para avaliar fármacos para a ataxia de Friedreich
Um estudo recente de investigadores
baseados em França descreveram um novo sistema experimental que pode ser usado
para identificar fármacos para tratar a ataxia de Friedreich (AF). O relatório
da investigação, intitulado "Uma
avaliação da levedura/Drosophila para identificar novos compostos para
ultrapassar a deficiência de frataxina", apareceu na revista Oxidative Medicine and Cellular Longevity.
A AF é uma doença rara do
sistema nervoso que envolve a morte neuronal, e de acordo com a FARA – Friedreich’s
Ataxia Research Alliance (Aliança para a Investigação na Ataxia de Friedreich),
aproximadamente uma em cada 50.000 pessoas nos EUA têm AF. Esta doença está
associada a problemas médicos coexistentes, incluindo a escoliose, doenças
cardíacas, e diabetes. Infelizmente, a doença não tem cura ou tratamentos
eficazes que possam travar a sua progressão, e porque é uma doença genética e
hereditária, as pessoas com ataxia de Friedreich pode potencialmente ser
identificadas e tratadas precocemente, impedindo a sua progressão.
Liderados por Alexandra
Seguin do Instituto Jacques Monod em Paris, França, a equipa usou levedura
geneticamente modificada e um modelo de mosca da fruta da AF para criar células
semelhantes às da AF, para testar vários fármacos diferentes. Os investigadores
acederam à Biblioteca Química Nacional Francesa, que contém 5.500 compostos, e
à coleção Prestwick, que contém 880 compostos. De acordo com os autores:
"Metade dos compostos selecionados na levedura pareceu ser ativo em moscas
(...) e um dos dois compostos com atividades mais elevadas neste ensaio resgatou
parcialmente o fenótipo da dilatação do coração resultante da depleção da
frataxina específica do coração. A complementaridade única destes dois modelos
deficientes em frataxina, unicelulares e pluricelulares, parecem ser muito
eficientes para selecionar novos compostos com maior seletividade, trazendo
perspetivas significativas para melhorias na terapia da AF ".
Os autores concluem,
"No conjunto, os resultados atuais abrem caminhos novos e promissores para
decifrar a base molecular da deficiência de frataxina e para desenvolver
compostos originais com alguma eficiência para tratar a AF."
Os dois modelos diferentes,
levedura e mosca da fruta, mostraram ser eficientes para rastrear produtos
químicos que possam ser utilizados como futuros medicamentos para a AF. Outros investigadores
podem agora usar este sistema para ajudar a identificar moléculas que possam
ser desenvolvidas em medicamentos para a AF. A descoberta permite a promessa àqueles
que sofrem de AF, pois atualmente não existem tratamentos eficazes.
(artigo traduzido)
Fonte: http://friedreichsataxianews.com/2015/10/21/new-experimental-system-screen-drugs-friedreichs-ataxia/
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