Conferência Internacional sobre a doença de Machado-Joseph (DMJ)


A Fundação MJD elogia os resultados da primeira conferência internacional sobre a DMJ realizada na Austrália

Os delegados da Conferência Internacional sobre a DMJ - 28 e 29 de agosto, 2015
Dirigindo-se à primeira Conferência Internacional sobre a doença de Machado-Joseph (DMJ), realizada na Austrália em 28/29 de agosto, o Presidente do Conselho do Território Anindilyakwa (Groote Eylandt, Austrália) e membro do Conselho da Fundação MJD, o Sr. Tony Wurramarrba AO declarou "há pessoas em todo o mundo que têm DMJ e para todos nós aprender mais sobre a DMJ é a chave para encontrar a esperança tão necessária para as gerações futuras". Disse ainda "agora que sabemos que a doença é uma doença familiar e que é passada de pais para filhos e que haverá ainda mais famílias afetadas pela DMJ, tornou-se ainda mais importante compreender a doença ' .

Não há atualmente nenhuma cura para a DMJ, com mais de 624 indígenas australianos em risco da doença em 12 comunidades remotas no NT (Território Nortenho) e QLD (Queensland), Austrália. Estes números são suscetíveis de continuar a crescer, pois à medida que a Fundação MJD vai estendendo o seu trabalho, vai tomando conhecimento de mais famílias que são afetadas.

A conferência foi organizada pela Fundação MJD com a participação dos principais investigadores especialistas do mundo e neurologistas da Austrália, Portugal, Brasil, Israel, Inglaterra, Alemanha e China. Um destaque importante foram as discussões entre os investigadores e aqueles indivíduos e famílias diretamente afetadas sobre as direções futuras da investigação sobre esta doença debilitante. A conferência também incluiu uma série de apresentações a atualizar a mais recente investigação internacional na DMJ, enquanto também se examina vários exemplos práticos de intervenções para tratar os sintomas que visam melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem com a doença.

Membro da Direção da Fundação MJD, Jenny Baird perdeu o marido para a DMJ e tem dois filhos, ambos os quais têm DMJ. Ela afirmou que "esta conferência é um sonho tornado realidade e oferece uma esperança real de que uma eventual cura será encontrada''. A Sra. Baird continuou "como crítica a conferência tem sido no fornecimento de uma oportunidade para indivíduos e famílias que vivem com a DMJ ouvirem em primeira mão os melhores investigadores do mundo e incentivá-los a continuar o seu trabalho vital".

Um outro destaque da conferência foram os resultados da investigação da própria investigação encomendada da Fundação MJD através do Instituto Anzac / Instituto do Cérebro e da Mente / Universidade de Sydney (Austrália), que já garantiu apoio do Conselho Nacional de Investigação Médica e Saúde (NHMRC). Este trabalho foi inicialmente possível através de uma doação visionária de 1 milhão de dólares em 2009, do Conselho do Território Anindilyakwa e Proprietários Tradicionais de Groote Eylandt (Austrália) dos seus próprios direitos de mineração.

Numa altura em que a investigação está a começar a identificar alguns resultados promissores e a passar para ensaios clínicos em humanos para potenciais tratamentos, os investigadores identificaram que a questão do acesso ao financiamento necessário continua a ser uma questão-chave em toda a comunidade internacional.

Um dos principais resultados da conferência foi o acordo em com a Fundação MJD deve desempenhar um papel fundamental de liderança na facilitação da colaboração internacional para a descoberta do tratamento e uma eventual cura para a DMJ, e garantir que os pontos de vista dos indivíduos e famílias mais afetadas diretamente influenciem a direção das investigações atuais e futuras.

A Diretora Executiva da Fundação MJD, Sra. Nadia Lindop, afirmou que «a Fundação MJD estava particularmente gratoa aos patrocinadores que tornaram possível a conferência, incluindo o Conselho do Território Anindilyakwa, NAB, South 32, Arnold Bloch Leibler, Groote Eylandt Lodge e Airnorth».

O Presidente da Fundação MJD, Neil Westbury, declarou "esta conferência novamente destaca a importância do trabalho da Fundação MJD e a sua capacidade consistente para ir mais longe. Também coloca em perspetiva ainda mais a decisão inexplicável e de vistas curtas do ministro Scullion para recusar um previamente aprovado e divulgado publicamente apoio de 10 milhões de dólares da Conta para Benefício dos Aborígines à Fundação MJD. Essas receitas eram para ser investidas na perpetuidade, a fim de apoiar o trabalho crítico da Fundação MJD”, disse ele.


Nigel Scullion – Ministro dos Assuntos Indígenas da Austrália


(artigo traduzido)




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