Estudos da patogénese molecular na ataxia espinocerebelosa tipo 1 (SCA1)
Janghoo Lim, Ph.D.
Universidade de Yale,
New Haven, CT, EUA
As ataxias cerebelosas
hereditárias humanas são um grupo geneticamente heterogéneo, mas clinicamente
semelhante de distúrbios que compartilham muitas características neurológicas e
patológicos, tais como perda de equilíbrio e coordenação e degeneração das células
Purkinje cerebelosas (PC). Utilizámos a ataxia espinocerebelosa tipo 1 (SCA1)
como um protótipo das ataxias cerebelosas dominantes hereditárias. Ao
investigar os mecanismos fundamentais da patogénese da SCA1, esperamos obter conhecimentos
sobre as principais características comuns desta e de várias outras doenças
neurodegenerativas. A SCA1 é causada por uma expansão da glutamina na proteína
ataxina-1 (ATXN1). Com base nos nossos estudos sobre a SCA1 e ATXN1,
descobrimos recentemente que o nível de ativação da sinalização Wnt-p-catenina
é significativamente regulada dentro quer das PCs quer das não-PCs dum modelo de
rato com SCA1 que expressa a ATXN1 mutante apenas das PCs. Isto sugere que a
proteína mutante é capaz de ativar a sinalização Wnt-p-catenina em células
vizinhas, e que esta ativação pode ser relevante para a patogénese de SCA1.
Nesta proposta, vamos testar a hipótese de que a ativação da sinalização Wnt nas
não-PCs podem causar ou contribuir para a disfunção das PC ou degeneração na
SCA1. Para testar esta ideia, vamos realizar uma combinação de estudos
biológicos moleculares e celulares, bem como estudos genéticos em ratos.
Acreditamos que este estudo nos levará a compreender melhor os mecanismos patogénicos
da SCA1 e de várias outras ataxias hereditárias, que, esperamos, vai abrir a
possibilidade de futuras terapias.
(esta
investigação vai receber um financiamento da NAF, conforme notícia de 13 de
abril de 2015 - http://artigosataxiashereditarias.blogspot.pt/2015/04/investigacoes-sobre-ataxia.html)
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