CIRAH: novos desafios
O Centro de Investigação e
Reabilitação de Ataxias Hereditárias (CIRAH) em Holguín (Cuba) comemorou o 15.º
aniversário da sua inauguração com a firme convicção de que, mais cedo ou mais
tarde, a neurociência vai encontrar terapias que modifiquem o curso clínico e a
idade de início da doença num estágio inicial, enquanto os especialistas agora
optam por neuroreabilitação.
Foi assim que se manifestou o
grupo que leva a cabo várias investigações de terapias muito promissoras, numa
homenagem.
Durante estes 15 anos, cerca
de 8000 cubanos e de latitudes diferentes foram atendidos no CIRAH, dos quais
800 receberam reabilitação e 1500 foram inscritos em programas de diagnóstico
pré-natal, disse o Dr. Luis Velázquez Pérez, diretor do centro.
A instituição dispõe dum
capital humano jovem e muito preparado, incluindo 14 doutorados, 30 mestres e 55
especialistas de diferentes ramos, que alcançaram mais de 200 publicações em
revistas indexadas e cerca de 100 prémios nacionais e internacionais.
Além disso, o CIRAH estabelece
novas colaborações com várias instituições cubanas e estrangeiras, a fim de
expandir a sua investigação. Entre as universidades nacionais estão Holguin,
Camaguey e Las Villas; entre as universidades internacionais estão as alemãs de
Tuebingen, Bona e Frankfurt.
O CIRAH, único do seu tipo
no país, foi criado em 2000 com base numa ideia de Fidel Castro, neste
território oriental do país, como resposta a um problema de saúde em Cuba,
principalmente em Holguín, onde está concentrado o maior número de indivíduos
doentes, além do risco, com ataxia espinocerebelosa tipo 2 (SCA2), estimando-se
uma população de cerca de 5533 indivíduos envolvidos.
O país tem mais de 8000
pessoas em risco da doença e cerca de 800 pacientes, pertencentes a 168
famílias, as quais estão relacionadas com estas doenças, dos quais 75,7%
pertencem à forma molecular do tipo 2 (SCA2).
Em cada ano nascem 22
crianças portadoras do gene, aparecem 35 novos casos e 15 pacientes morrem.
Os principais sintomas da
ataxia são: marcha descoordenada, instabilidade postural, distúrbio da fala
(disartria), dismetría (imprecisões na magnitude e extensão dos movimentos) e abrandamento
dos movimentos horizontais rápidos dos olhos.
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