Especialistas de Holguin (Cuba) realizam novos ensaios clínicos para pacientes com ataxia
O Centro de Investigação e
Reabilitação de Ataxia Hereditária, na província de Holguin (Cuba), realizará
até Julho o sétimo ensaio clínico, com o objetivo de melhorar a qualidade de
vida dos pacientes que sofrem de ataxia espinocerebelosa tipo 2 (SCA2).
A Fase I-II foi criada a
partir de um produto do Centro de Imunologia Molecular de Havana (Cuba).
O Dr. Luis Velázquez Pérez,
diretor da instituição de Holguin, explicou que o ensaio surgiu a partir de uma
investigação realizada num modelo animal transgênico desenvolvido em Cuba entre
o final dos anos 90 e início dos anos 2000, que revelou que a doença se
desenvolve lentamente em animais; após esta, outra investigação foi realizada
para avaliar outros efeitos secundários e a toxicidade. Ambos os estudos não
mostraram sérias consequências que possam impedir o seu uso em seres humanos.
O ensaio de seis meses
envolve 34 pacientes que se submeteram a avaliação médica antes da
administração do medicamento Neuroepo.
"Os resultados do
estudo demonstram neuroproteção, antioxidação e estimulação dos mecanismos de
plasticidade do sistema nervoso, entre outras propriedades", disse
Velázquez.
A ataxia espinocerebelosa é
a segunda forma mais comum de ataxia no mundo. É uma doença degenerativa que
tem um curso debilitante e progressivo, levando à morte. Cuba é o país com o
maior número de pessoas que sofrem da doença, que afeta cerca de 200 famílias,
localizadas principalmente na província de Holguin.
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