Centro de Investigação da Ataxia USF (EUA) leva cabo um ensaio clínico de um possível medicamento para a ataxia de Friedreich

Nos últimos anos, o Centro de Investigação da Ataxia USF e a FARA (Aliança de Investigação para a Ataxia de Friedreich – EUA), têm levado a cabo dois eventos em Tampa: um simpósio nacional, que reúne especialistas em ataxia de Friedreich de todo o mundo e um baile de gala que gera centenas de milhares de dólares para pesquisa.
 
Enquanto se estão a preparar para os eventos deste ano, há um pouco de pressão extra. - o Centro de Investigação da Ataxia USF é também o local líder de um estudo nacional sobre um tratamento antioxidante potente para as doenças neuromusculares degenerativas.
 
A Dra. Theresa Zesiewicz disse que a ataxia de Friedreich normalmente ataca os mais jovens.
 
"Normalmente, estas são crianças que de repente têm problemas com correr, é um pouco mais difícil," ela disse. "A mãe e o pai têm o gene, mas ninguém o sabe, por isso é uma grande surpresa para os pais."
 
A partir daí, Zesiewicz acrescentou, a ataxia de Friedreich “progride implacavelmente para causar desequilíbrio da marcha, dificuldades em falar, problemas de fala, problemas de audição e, eventualmente, diabetes em muitos casos e também problemas cardíacos.”
 
Atualmente, os médicos usam a fisioterapia para trabalhar a força do paciente e equilíbrio, porque não há nenhum tratamento farmacêutico aprovado para a ataxia de Friedreich. Isso pode mudar em breve, pois a USF está a conduzir um estudo nacional sobre o EPI-743.
 
O medicamento, desenvolvido por Edison Pharmaceuticals, Inc., protege as mitocôndrias das células nervosas na medula espinhal dos ataques da ataxia de Friedreich.
 
"É como um antioxidante, mas um antioxidante extremamente forte, muito mais forte do que a CoQ10 ou vitamina E que vemos nas farmácias, por exemplo," diz Zesiewicz.
 
O Hospital Infantil de Filadélfia e a UCLA são os dois outros locais do estudo do EPI-743. Zesiewicz espera que o medicamento possa não estar limitado a ser apenas o primeiro tratamento real para a ataxia de Friedreich.
 
"Pode ter outras implicações para doenças como a doença de Parkinson, a doença de Alzheimer e outras doenças neuro-degenerativas," ela disse.
 

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Natchez Hanson, de 24 anos, tem participado no ensaio há cerca de oito meses. Ela não sabe se ela está a receber o medicamento ou um placebo, mas aparentemente está ver algumas melhoras.
 
"Eu tipo sinto que sou a mesma, mas as pessoas dizem-me que estou melhor, que estou a andar melhor, que falo melhor,", disse Hanson.
 
A professora de matemática do Condado de Polk, que foi formalmente diagnosticada com ataxia de Friedreich aos 17 anos, agora usa um andarilho para se locomover.
 
"Isso apenas abriu muitas portas," ela disse, com um sorriso, "Considerando que as pessoas, principalmente, abrem-me as portas, mas quero dizer, ele carrega todas as minhas coisas, obtendo estacionamento na primeira fila!"
 
Em Setembro, pelo terceiro ano consecutivo, Hanson falará no Simpósio USF-FARA e compartilhará a sua história bastante positiva sobre viver com a doença.
 
"Bem, só temos uma vida para viver e todos temos um fardo", disse Hanson. "Eu sempre digo que podemos rir ou chorar sobre isso, e eu já estou farta de chorar. Eu segui em frente, então agora estou a tentar ser tão feliz quanto possível."
 

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