Tratamento e bio marcador para a ataxia de Friedreich


Detalhes

Título do projeto

Tratamento e bio marcador para a ataxia de Friedreich

Código

4935

Descrição breve

Métodos para tratamento da ataxia de Friedreich através da administração de anti-microRNA ao miR 886-3p; métodos de diagnóstico através da medição dos níveis de miR 886-3p.

Resumo

Invenções: Métodos para tratamento da ataxia de Friedreich através da administração de anti-microRNA ao miR 886-3p; métodos de diagnóstico através da medição dos níveis de miR 886-3p.

Informação da doença: A ataxia de Friedreich (AF) é uma doença hereditária autossómica recessiva que causa danos progressivos ao sistema nervoso, resultando numa variedade de sintomas, desde fraqueza muscular até problemas cardíacos, passando por problemas na fala. A AF é a ataxia hereditária mais comum afetando cerca de 1 em cada 50.000 pessoas nos EUA. Ambos os sexos são igualmente afetados.

Os sintomas normalmente começam a surgir entre os 5 e os 15 anos, mas podem aparecer tão cedo como aos 18 meses, ou tão tarde como aos 30 anos. Geralmente, 15 ou 20 anos após o aparecimento dos primeiros sintomas os pacientes com AF estão confinados a uma cadeira de rodas e em fases mais avançadas da doença, ficam completamente incapacitados. A maioria das pessoas com AF morre no início da idade adulta se houverem problemas cardíacos significativos, a causa de morte mais comum. Algumas pessoas com sintomas menos severos vivem muito mais tempo.

Diagnósticos existentes:  

A AF é causada por mutações no gene frataxina – nomeadamente, a extensão tripla repetida GAA.TTC. Testes genéticos providenciam um diagnóstico conclusivo. Normalmente, o primeiro sintoma é dificuldade em caminhar e exames clínicos levam a um teste genético.

Tratamentos existentes:

Atualmente não há cura ou tratamento para a AF, para além do idebenone, que é usado para tratar a AF no Canadá e que foi rejeitado pelos reguladores norte-americanos e europeus. Os sintomas e consequentes complicações podem ser tratadas. A diabetes e os problemas cardíacos podem ser tratados com medicamentos. Os problemas ortopédicos, tais como deformidades do pé e escoliose, podem ser tratados com aparelhos ou cirurgia. A fisioterapia pode prolongar o uso dos braços e das pernas.

Detalhes da invenção:

Como não foram reportadas investigações sobre o papel dos micro-RNAs (miR) na AF, os investigadores da Cornell (Nova Iorque, EUA) comparam mIR de pacientes com AF com controlos, e identificaram 27 miRs que estavam sobre-regulamentados com hsa-miR-886-3p (miR-886-3p), tendo um dos níveis mais altos. Testes de seguimento em amostras sanguíneas periféricas de pacientes confirmaram a sobre-regulamentação deste miR. Num estudo em células de pacientes, uma redução seletiva na miR-886-3p através dum anti-miR, levou a uma elevação da mensagem FXN e dos níveis proteicos. O trabalho permite um teste de diagnóstico para os níveis miR-886-3p e uma terapêutica, nomeadamente a administração de moléculas anti-miR-886-3p.

Situação atual:

Já foi reservada uma aplicação da patente para 2015. Entretanto, o trabalho decorre no laboratório dos investigadores.

 

 

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