A ataxia de Friedreich
O
que é
A ataxia de Friedreich é uma
doença hereditária rara que causa dano progressivo no sistema nervoso. Ataxia
refere-se a problemas de coordenação e instabilidade. A ataxia de Friedreich
provoca degeneração dos neurónios na medula espinal que controlam o movimento,
bem como os nervos sensoriais que auxiliam a coordenação. Em fases posteriores,
lesões celulares adicionais podem desenvolver-se no coração e pâncreas.
Causas
A causa da ataxia de
Friedreich é uma mutação no gene frataxina, que está localizado no cromossoma
9q13. Para desenvolver esta doença, a pessoa deve herdar uma cópia do gene
defeituoso de cada progenitor. No entanto, a maioria dos casos são esporádicos,
sem historial familiar da doença.
Fatores
de risco
Não há fatores de risco
ambientais. A doença é hereditária.
Diagnóstico
O seu médico irá perguntar
sobre seus sintomas, incluindo historial médico, historial familiar e
medicamentos. O seu médico também irá realizar um exame físico. Se houver suspeita
desta doença, você também pode ver um neurologista, um médico especialista no
sistema nervoso.
Os testes podem incluir:
·
Eletromiografia (EMG) e estudos de condução
nervosa - teste para avaliar a função dos músculos e nervos
·
Tomografia computadorizada (TAC) - teste que
utiliza um computador para fazer imagens transversais da cabeça
·
Ressonância magnética - teste que utiliza ondas
magnéticas para fazer imagens de estruturas dentro do cérebro e da medula
espinhal
·
Eletrocardiograma e monitorização (Holter) de
24 horas - teste que avalia a atividade elétrica do coração
·
Ecocardiograma - teste que utiliza ondas
sonoras de alta frequência (ultrassom) para examinar o tamanho, forma e
movimento do coração
·
Testes genéticos para o gene frataxina
·
Análises ao sangue (teste de diabetes) e urina
·
Biópsia do nervo sural
Sintomas
Os sintomas podem variar. A
lista a seguir descreve os sintomas mais comuns:
Primeiros
sintomas
·
Idade de início: até à idade de 25 anos,
geralmente nos primeiros anos da adolescência
·
Fraqueza progressiva nas pernas (por exemplo,
dificuldade em caminhar)
·
Ataxia - descoordenação e desequilíbrio,
afetando os membros e marcha
·
Sensação de posição debilitada, especialmente nos
pés
·
Perda dos reflexos tendinosos nas pernas
·
Insuficiência cardíaca e diabetes podem desenvolver-se,
à medida que a doença progride
Sintomas
tardios
·
Dificuldade para falar e engolir - coordenação
da língua diminuída
·
Perda de reflexos em todos os membros
·
Atrofia dos músculos
·
Escoliose - curvatura da coluna vertebral
(afeta 85% das pessoas com esta doença)
·
Deformidades nos pés
·
Úlceras nos pés
·
Confinado a uma cadeira de rodas (por volta dos
45 anos, ocorre em 95% dos afetados)
·
Perda de visão e/ou audição (em mais de 10% das
pessoas afetadas)
·
Anormalidades no movimento dos olhos
·
Distúrbios de movimento (por exemplo, tremor,
distonia, coréia)
Tratamento
comum
Não há cura conhecida para
esta doença.
A gestão a longo prazo visa
maximizar a função e controlar os sintomas:
·
Fisioterapia e reabilitação para lidar com a fraqueza
muscular
·
Uso de órteses (dispositivos que se usam nos sapatos)
para proporcionar estabilidade e para ajudar com a fraqueza
·
Cirurgia para correção de anormalidades no pé e
escoliose
·
Testes periódicos para doenças associadas:
diabetes e cardiomiopatia
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