O papel patogénico das repetições de baixo alcance na SCA17

Jung Hwan Shin, Hyeyoung Park, Hee Gwan Ehm, Woong Woo Lee, Ji Young Yun, Young Eun Kim, Jee-Young Lee, Han-Joon Kim, Jong-Min Kim, Beom Seok Jeon, Sung-Sup Parque


Resumo

Introdução
A SCA17 é uma ataxia cerebelosa autossómica dominante, com expansão das repetições dos trinucleotídeos CAG/CAA no gene de ligação à proteína TATA (TBP). A SCA17 pode ter várias apresentações clínicas, incluindo parkinsonismo, ataxia, coréia e distonia. A SCA17 é diagnosticada através da deteção das repetições expandidas CAG no gene TBP; no entanto, na literatura, os números de repetição patológicos tão baixas como 41 sobrepõem-se aos números de repetição normais.

Métodos
Os sujeitos deste estudo incluem pacientes com distúrbios do movimento involuntários, tais como ataxia cerebelosa, parkinsonismo, coreia e distonia que visitaram o Hospital Nacional Universitário de Seul (Coreia do Sul) entre janeiro de 2006 e abril de 2014 e foram avaliados para a SCA17. Aqueles que foram diagnosticados com outras doenças genéticas ou doenças não-degenerativas foram excluídos. O ADN de indivíduos saudáveis ​​que não tinham histórico familiar de parkinsonismo, ataxia, sintomas psiquiátricos, distonia ou coreia serviu como controlo. No total, foram analisados ​​5242 cromossomas de 2099 pacientes e 522 controlos normais.

Resultados
O número total de pacientes incluídos na análise foi 2099 (parkinsonismo, 1706; ataxia, 345; coréia, 37; e distonia, 11). No controle normal, foram encontradas até 44 repetições. No grupo de repetição 44, houve 7 (0,3%) pacientes e 1 (0,2%) controlo normal. No grupo de repetição 43, houve 8 (0,4%) pacientes e 2 (0,4%) controles normais. No grupo de repetição 42, houve 16 (0,8%) pacientes e 3 (0,6%) controles normais. No grupo de repetição 41, havia 48 (2,3%) pacientes e 8 (1,5%) controles normais. Considerando-se as sobreposições e diferenças não significativas nas frequências alélicas entre os pacientes e os controlos normais com baixas expansões, não foi possível determinar um valor de corte definitivo para o número de repetições patológicas CAG da SCA17.

Conclusão
Como a análise estatística entre os controlos normais e os pacientes com expansões de baixo alcance falhou em mostrar qualquer diferença, até agora, temos de considerar que os casos clínicos com expansões de baixo alcance poderiam ser distúrbios do movimento idiopáticos mostrando expansões CAG/CAA coincidentes. Assim, precisamos reconsiderar o papel patológico das expansões de baixo alcance (41-42). É necessário acompanhamento a longo prazo e investigações abrangentes, usando estudos de autópsia e de imagem em pacientes e controles com expansões de baixo alcance, para determinar o valor de corte para o número de repetições patológicas CAG da SCA17.


(artigo traduzido)





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