Radiações infravermelhas distantes protegem viabilidade num modelo celular da ataxia espinocerebelosa, impedindo a acumulação da proteína poliQ e melhorando a função mitocondrial
Chang JC, Wu SL, Hoel F, Cheng YS, Liu KH, Hsieh M, Hoel A, Tronstad KJ, Yan KC, Hsieh CL, Lin WY, Kuo SJ, Su SL, Liu CS
Resumo
A radiação infravermelha distante (FIR) está atualmente a ser investigada como uma potencial estratégia terapêutica em várias doenças cujo mecanismo seja desconhecido. Atualmente, testamos se a FIR medeia efeitos benéficos num modelo de celular da doença neurodegenerativa ataxia espinocerebelosa tipo 3 (SCA3). A SCA3 é causada por uma mutação que conduz a uma expansão de poliglutamina anómala (poliQ) na proteína ataxina-3. A consequente agregação da ataxina-3 mutante resulta na disrupção de funções celulares vitais. Neste estudo, as células do neuroblastoma (SK-N-SH) foi transduzida para expressar proteínas ataxina-3-26Q não patogénicas ou ataxina-3-78Q patogénicas. As células que expressavam a ataxina-3-78Q demonstraram uma redução da viabilidade, e aumento da sensibilidade ao stress metabólico na presença de rotenona, um inibidor da respiração mitocondrial. A exposição à FIR protegeu contra esses efeitos. Além disso, a FIR melhorou a função respiratória mitocondrial, que foi significativamente comprometida nas células que expressavam a ataxina-3-78Q e ataxina-3-26Q células. Isto foi acompanhado por diminuição dos níveis de fragmentação mitocondrial em células tratadas com FIR, como observado por microscopia de fluorescência e análise de expressão de proteína. Finalmente, o perfil de expressão LC3-II, beclin-1 e p62 sugeriu que a FIR impedia os efeitos da autofagia observados em células que expressam inibição da ataxina-3-78Q. Em resumo, os nossos resultados sugerem que a FIR tem efeitos de resgate nas células que expressam a ataxina-3 mutada patogénica, através da recuperação da função mitocondrial e autofagia.
(artigo traduzido)
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